IMAGENS DA IRREALIDADE ESPETACULAR
 

Juremir Machado da Silva


Nessa paixão pelo artifício, nessa
paixão pela ilusão, está a alegria
sedutora de desfazer essa demasiadamente
bela constelação do sentido.
Jean Baudrillard

Máscara ou ilusão, bem-vinda!
Amo tua beleza.
Charles Baudelaire

[...] a imagem sendo o único elemento
essencial, a simplificação que
consistiria em suprimir pura
e simplesmente os personagens
reais seria um aperfeiçoamento
decisivo.
Marcel Proust

A realidade é um imaginário. Sólida como um cubo de gelo. Dela, só existem imagens e aproximações sucessivas. Flagrantes de um eterno movimento em espiral. Evaporações constantes em nome da estabilidade. O real é um estado intermediário entre dois picos de entropia. A grande magia do real consiste em simular o que não é: uma verdade absolutamente externa ao observador. O real objetivo sempre depende de uma adesão ou de uma crença. Toda realidade é uma construção social recortada pelo trajeto individual. Se essa afirmação pode parecer excessiva, é possível dizer que, ressalvadas as “realidades primárias” – uma árvore não é uma mesa e uma maçã é uma maçã –, todo o resto passa por um longo processo de objetivação e de sedimentação.

A realidade é a ilusão histórica que venceu a concorrência e impôs-se como narrativa necessária.

Aquilo que resta do que nela foi investido como pulsão, utopia, leitura e probabilidade.

Ou, como sustenta Jean Baudrillard, sem o menor constrangimento nem concessões ao moralismo, “a realidade é uma cadela” (BAUDRILLARD, 1994, p. 21).

Prostituta satisfeita com a sua condição, entrega-se a todos com a mesma volúpia e com todos simula a mesma verdade, a mesma certeza, a mesma plenitude. Só que, por trás da aparência, nada existe, tudo não passa de um simulacro, uma entrega tão além do possível que se torna verossímil por falta de provas. Ou, ao contrário, tão aquém do provável que se torna concreta por excesso de indícios negativos. É como se, a cada nova invenção da tecnologia, a ficção científica largasse na frente, engendrando aquilo que um dia será real por funcionamento. Em outras palavras, funcionaria porque acreditamos que funciona.

Podemos, contudo, arriscar uma hipótese radical: e se tudo não passar de um funcionamento imaginário? E nada houver por trás da representação do funcionamento?

Se somos capazes de sustentar a existência de Deus, contra todas as evidências, por que não seríamos capazes de sustentar o funcionamento daquilo que é apenas simulação?

Jean Baudrillard (1994, p. 7) vai mais longe e mais rápido: “A crença na realidade faz parte das formas elementares da vida religiosa”. Nunca fomos tão religiosos.

A realidade faz parte do campo da crença. Atacá-la significa cometer heresia. Implica enfrentar os guardiões do templo. É crime hediondo. Um leitor de Pierre Bourdieu acredita tanto na verdade do seu teórico quanto um leitor de Jacques Derrida. No entanto, qualquer um sabe da impossibilidade demonstrativa dessas supostas realidades.

Em nosso tempo, o tempo da cultura da mídia e da transfiguração valorativa, Guy Debord, na sua famosa tese 4, tocou o nó da questão: “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens” (DEBORD, 1992, p. 4).

Apesar de ter chegado a essa formulação extraordinária, Debord não tirou todas as conclusões dela decorrentes, pois, no fundo, acreditava numa realidade superior, embora imanente, ou, quem sabe, metafisicamente imanente, capaz de reconciliar a verdade, o empírico e o teórico, o advento do comunismo. O “espetáculo”, porém, com suas relações mediadas por imagens é a afirmação do caráter imaginário do vivido. A realidade é uma vadia que nos encanta com o brilho fugidio dos desejos e das projeções convertidos em práticas por delegação. No “espetáculo”, esfera em que um outro vive por procuração o sonho daquele que o contempla, tudo se apaga. A vida já se foi.

O que significa essa “mediação”? Entre tantas possibilidades, igualmente sustentáveis, que o homem não negocia diretamente com a suposta realidade, mas, cada vez mais, incorpora uma imagem dessa realidade construída num jogo social que lhe escapa em grande parte. A tão sonhada autonomia do sujeito não passa, em geral, de uma ilusão tão própria ao imaginário da ciência política. O indivíduo não pode escolher mudar de modelo, de paradigma e, rigorosamente falando, nem mesmo de vida. Resta-lhe aceder ao real que lhe é fornecido como tal. Cada um é livre para escolher entre os diversos tipos de produtos espetaculares à disposição dos consumidores. Na existência contemplativa do “espetáculo”, as tecnologias de telecompra permitem a cada um afundar sempre mais na sua imobilidade de pedra.

Essa irrealidade cotidiana encontra compreensão mais sinuosa nesta passagem de Baudrillard (1994, p. 16): “Assim como a foto (imagem) conota o apagamento, a morte do que representa, o que lhe garante a sua intensidade, também a intensidade do texto, seja de ficção ou de ficção teórica, é garantida pelo vazio, o vazio em filigrana, a ilusão do sentido [...]”. O sentido é uma realidade de substituição, uma invenção histórica e precária que se agarra à borda da mesa para chantagear a matéria em nome da sua necessidade de imanência. O sentido toma a realidade primária como refém para tentar mostrar a mesma intensidade ou o mesmo grau de estabilidade. Pura ilusão! O sentido é sempre indemonstrável. De resto, nem a matéria permanece.

Diante da pergunta clássica, por que existe algo em vez de nada, toda resposta continua irreal. A ciência é um caranguejo eficaz que, na sua eterna corrida para trás, resolve problemas sem poder chegar ao fundamento. A filosofia, operando noutro registro, revela-se cada vez mais como literatura, oferecendo uma interpretação possível, mas incapaz de superar a sua condição hipotética.

A utopia do conhecimento alimenta o sonho da captura do real. Agarrar o real para dissecá-lo.

O real, porém, é como o horizonte, afasta-se com a nossa aproximação. Está aqui, não está mais.

Falar da realidade é falar do sentido. Este, contudo, só se expressa como imagem. Só roçamos o real por meio de metáforas. O próprio real é uma imagem do sentido. É ainda Baudrillard (1994, p. 19) quem diz que “a realidade é uma ilusão e todo pensamento deve tentar desmascará-la”.

Baudrillard, porém, não é o único. Charles Baudelaire descreve as ilusões do real e faz da imagem a distorção que nos fascina e pela qual acreditamos num real imaginário: “Pois tenho, para fascinar esses tolos amantes,/Espelhos cristalinos que tornam as coisas mais belas”. Nesse magnífico poema, intitulado “A beleza”, Baudelaire (2004, p. 36) começa assim: “Eu sou bela, ó, mortais! Como um sonho de pedra”. As “flores do mal” são as inúmeras artimanhas da realidade para se apresentar a nós como uma pedra, um sonho rochoso, uma evidência, uma concretude. A beleza estaria justamente nessa permanência, ainda mais quando oposta à finitude dos “mortais”.

Não seria inadequado apresentar a modernidade, com sua determinação cientificista, como a era da filosofia da pedra. O objetivo era congelar o real. A modernidade, sem dúvida, foi uma era mineral. De resto, ainda se atribui à realidade esse estado sólido. A realidade, no entanto, é líquida, gasosa, indefinida, misteriosa e somente um pouco concreta. Parece estar nesse pouco de solidez a grande astúcia do real. Não se pode dizer que escapa para sempre entre os dedos. Mas também não se pode dizer que se apresenta clara e distinta em cada um dos seus componentes. A realidade é esse “sonho de pedra”, sendo o sonho a matéria de que é composta a pedra da qual fala o poeta.

Se a poesia de Baudelaire e a “ficção teórica” de Baudrillard podem ser rechaçadas por falta de “autoridade”, é conveniente refletir um pouco a partir daquilo que diz o físico Paul Feyerabend em seu célebre “Contra o método”. Ao se defrontar com a questão, “como examinar algo de que estamos nos valendo o tempo todo?”, Feyerabend afirma que não “podemos descobrir o mundo a partir de dentro”. Nesse sentido, sustenta que há “necessidade de um padrão externo de crítica”. Daí resulta este parágrafo “radical”:

[...] Precisamos de um conjunto de pressupostos alternativos ou – uma vez que esses pressupostos serão muito gerais, fazendo surgir, por assim dizer, todo um mundo alternativo – necessitamos de um mundo imaginário para descobrir os traços do mundo real que supomos habitar (e que, talvez, em realidade não passe de outro mundo imaginário). (FEYERABEND, 1975, p. 42-3; grifo do autor).
O incontornável Feyerabend provocou um deslizamento conceitual cujos efeitos ainda se fazem sentir. Em suma, a sua questão é de uma simplicidade constrangedora: de que é feito o real científico? De imaginação e de imagens. Não uma imaginação qualquer. Somente a imaginação que produziu imagens capazes de dar ao sentido provisório aquilo que se apresenta definitivamente como alheio ao sentido em si.

Qual é, por exemplo, a realidade de um julgamento de gosto? Por que uma obra literária ou cinematográfica é considerada de qualidade e outra não? Como se estabelecem os critérios de julgamento? Por mais que se procure dar um estatuto de exterioridade ao gosto, ou, noutra perspectiva, kantiana, de interioridade desinteressada a certo tipo de gosto, os mecanismos de justificação de uma escolha jamais conseguem superar a imanência histórica, o jogo de forças sociais e a circularidade auto-explicativa:

“A obra é boa porque o público a considera boa.”
“A obra é boa porque a crítica a considera boa.”
“A obra é boa porque corresponde aos critérios previamente fixados de qualidade.”
“A obra é boa porque uma autoridade, reconhecida como tal, a define assim.”
O que é uma autoridade?
Como se constitui uma autoridade?
Qual a extensão do poder de uma autoridade?
Como, inapelavelmente, invalidar uma recusa de participação num juízo assentado?
Diante da afirmativa, “não suporto James Joyce”, o que se pode dizer objetivamente?

Em geral, as “refutações” a esse tipo de postura são formas de desqualificação pretensamente objetivas:
— Mau gosto;
— Falta de cultura;
— Ausência de refinamento;
— Falta de sensibilidade estética apurada;
— Ignorância;
— Conservadorismo;
— Estupidez.

Aquele que sustenta um gosto, dado como uma realidade ainda não percebida por aqueles que o contestam, atribui-se qualidades positivas e superiores: percepção sofisticada, abertura ao novo, sensibilidade aguçada, formação adequada, cultura etc. Ao outro, o que não compartilha os seus julgamentos, atribui todas as qualidades negativas imagináveis. O senso comum percebe nisso duas situações:

1) uma obra é boa quando satisfaz um público amplo;
2) uma obra é boa quando satisfaz um público restrito (críticos).
Ou seja, uma obra é boa quando funciona.

Em outras palavras, uma obra é boa quando alguém a vê como tal e a defende nalgum tipo de arena.

Tudo isso é óbvio. A questão relevante, porém, aparece no momento em que, estabelecido o conflito de julgamentos, pretende-se “decidir”. Como fazer? A decisão é sempre parcial, embora, consideradas as forças em confronto, haja sempre uma imposição capaz de durar um certo tempo.

Não é possível chegar a um consenso. Se alguém não gosta de James Joyce, por uma das tantas razões existentes, ninguém poderá objetivamente ver nisso um erro.

Toda realidade é imaginária.

Alguém poderá argumentar de outra forma. Assim: é impossível fazer de Zezé di Camargo e Luciano músicos superiores a Mozart e Beethoven. Mas, para o público de Zezé di Camargo e Luciano, não há dúvida quanto a isso. A escolha já se deu. Ou não houve nem haverá escolha. O sofisticado ouvinte de Mozart não se sentirá tocado pelos sertanejos. Os ouvintes dos sertanejos não se sentirão tocados por Mozart. Um poderá dizer do ídolo do outro: ele não sabe nos tocar. O amante de Mozart poderá alegar que um músico sertanejo jamais conseguirá produzir aquilo que só o gênio alcançou. O amante da música sertaneja poderá alegar que isso não faz sentido, pois uma arte genial que não toca o público permanece estranha, sendo valorizada somente por um critério de dificuldade de produção.

O argumento mais comum na defesa da arte erudita é este: só a educação pode levar à fruição desse tipo de cultura exigente e altamente sofisticada.

Existem dois problemas aí:

1) Algo que exige uma educação prévia para ser compreendido escapa ao projeto da universalidade espontânea. Ninguém é educado para apreciar a beleza do pôr-do-sol. A educação é um adestramento. Logo, aquilo que exige educação implica uma formatação; portanto, não corresponde a uma fruição desinteressada.

2) Pessoas com alto nível de educação formal e de tradição familiar não necessariamente admiram ou fruem certas obras da cultura erudita.

Populismo versus elitismo? Talvez.

Por que para entrar na universidade é preciso saber quem foi José de Alencar e não quem foi o diretor de Casablanca? Ou quem compôs “Brasileirinho”? Por que a literatura tem mais importância do que o cinema, a música popular, a cultura de massa? Há objetividade nisso ou apenas um vestígio de uma tecnologia do imaginário — o livro de ficção — predominante no século XIX?

Há um sistema claramente circular de classificação dos indivíduos a partir de conhecimentos aleatórios: a) a sociedade decide que é importante saber quem foi José de Alencar; b) um estudante aprende quem foi José de Alencar; c) num concurso, o candidato responde acertadamente quem foi José de Alencar; d) o candidato, por ter respondido corretamente a esse tipo de questão, é selecionado para ser auxiliar de alguma coisa numa repartição pública qualquer.

Fica evidente que a) o conhecimento em questão não incide sobre a atividade do escolhido; b) na ponta final, o conhecimento em questão responde a uma escolha arbitrária feita na ponta inicial; c) o conhecimento em questão serve apenas como elemento de seleção, de classificação, de eliminação do excedente. Em resumo, serve para fazer concursos. Poderia ser qualquer outro conhecimento. No caso, porém, trata-se de um conhecimento legitimado que assume uma condição de realidade objetiva. No programa Big Brother Brasil, da Rede Globo, as disputas são definidas com base em informações arbitrárias internas: quem foi o primeiro a ser excluído do programa? Quem deu o primeiro beijo? Qual era a cor do vestido de x no dia y?

A funcionalidade do conhecimento é um dos tantos mundos paralelos ao dito real. Assim como o virtual é um mundo paralelo ao chamado presencial. Todos esses mundos apoiam-se em vários eixos, um deles é sempre o do suposto “real propriamente dito” (o homem que manipula o teclado do seu computador etc.). O gosto revela-se um caso extremo de irrealidade sintomática. Mas o mesmo irreal atravessa o vivido como um fantasma em busca do próprio corpo. O real é sempre a imagem de uma ausência, a ausência do sentido.

Imagem não quer dizer uma fotografia ou uma representação do existente. Pode ser também a marca de uma impossibilidade concreta, o índice de uma impossibilidade por excesso de existência. O real é sempre hiper-real. Só podemos aceder a ele através das suas imagens, ou seja, daquilo que o apaga, que o nega, que o denuncia. Assim como o replay de um gol o torna mais real que o real e o conserva para sempre, esclarecido, na medida em que o acontecimento já não existe mais. A realidade, vale repetir, é sempre um cartão postal de si mesma.

Enfim, como percebe impiedosamente Jean Baudrillard (1994, p. 17), “a realidade, em geral, é demasiado evidente para ser verdadeira”. Salvo que os imaginários não são verdadeiros nem falsos. A realidade é a imagem que temos dela num determinado momento e numa determinada situação.

O grande problema enfrentado pelo pensamento neste começo de milênio está resumido assim por Michel Serres (2005, p. 255): “Como enxergar ou esboçar a paisagem desse novo mundo, como descrever o tema deste livro ou o objeto singular que ele evoca? Essa nova concepção de natureza exige uma nova cartografia”.

Esse é o dilema de qualquer reflexão que tenha por objeto a realidade das imagens, as imagens da realidade, o real como imagem, a imagem como realidade e a natureza como “paisagem” passível de interpretação e de conceituação.

A realidade é uma convenção inevitável.
Um juízo.
Uma atribuição de sentido.
Um sonho de pedra.
Incandescente.

Ou, como diz Jean Baudrillard (2005, p. 36), “a realidade, no momento de desaparecer, torna-se patrimônio da espécie e converte-se em algo semelhante a um direito do homem, um valor democrático, um valor a ser defendido”.

Um imaginário.


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