Embora haja crescente interesse em pesquisas sobre os algoritmos, pouco se fala da criança inserida neste contexto. Em vista disso, este artigo tem por objetivo apresentar algumas perspectivas teóricas que se revelam profícuas no sentido de abarcar a criança enquanto sujeito social inscrito neste bojo numérico. Pensar sobre os algoritmos e toda sua complexidade nos parece um caminho proveitoso para compreender os tipos de infâncias que estão sendo postas diante da criança em tempos de algoritmização do mundo (Lee e Björklund Larsen, 2019); como também vislumbrar quais são as percepções das crianças diante desses atravessamentos (Bucher, 2017); quais as implicações para a privacidade (BRUNO, 2006, 2013); bem como compreender de que maneira os sistemas algorítmicos estão modelando comportamentos a partir de respostas emocionais (BRUNO; BENTES; FALTAY, 2019).