Última alteração: 2021-03-18
Resumo
O trabalho busca responder se os movimentos de adesão e/ou rejeição à s lógicas ”œtradicional” e ”œcomunitária” realizados recentemente pelos veÃculos nativos digitais jornalÃsticos brasileiros são determinantes para sua caracterização como alternativos. Como referencial teórico, adota-se o modelo de mÃdia alternativa proposto por Bailey, Cammaerts e Carpentier (2008). A amostra é constituÃda por cinco veÃculos que integram articulações jornalÃsticas brasileiras: Agência Lupa, Amazônia Real, Marco Zero Conteúdo, Nexo Jornal e Ponte Jornalismo. A pesquisa compilou os textos institucionais de apresentação de cada uma dessas organizações e aplicou sobre eles as seguintes categorias de análise, inspiradas na pesquisa de Harlow e SalaverrÃa (2016): propriedade; modelo de financiamento; autoidentificação com a alternatividade; ativismo político; e fazer jornalÃstico renovado. Os resultados demonstram que apenas três dos cinco veÃculos analisados podem ser considerados alternativos, não confirmando necessariamente uma correlação entre ”œnativo digital” e ”œalternativo”. Por outro lado, todas as cinco iniciativas apresentam caracterÃsticas que podem diferenciá-las daquelas ligadas aos grandes grupos econômicos, razão pela qual é sugerido o termo ”œindependente” para defini-las.