Reflexos existem para autenticar uma presença. Mas uma presença que surge como imagem já que ela existe para substituir uma ausência. É sobre reflexos e simulações que versa este artigo. Seu principal objetivo é analisar um processo de dissuasão do real que se constitui sobretudo com o advento das interfaces digitais que se tornaram as principais agenciadoras deste novo ordenamento de mundo, simulado e sintético. Diante disso, uma pergunta emerge como um problema que se planeja esclarecer. O ser humano estaria refém das interfaces digitais que, ao desdobrarem o real, refletem uma realidade simulada? E ainda, em um mundo que não responde mais à imagem original, pois se tornou um mundo codificado, qual o verdadeiro papel das interfaces enquanto modeladoras das aparências e interlocutores das dimensões, física e virtual? Para fundamentar as reflexões que darão suporte para que se possa compreender tais provocações, foram convocados autores como: Muniz Sodré, Christoph Wulf, Paul Virilio e Jean Baudrillard, entre outros.