Atlântida brasileira:

comunicação, memória e solastalgia em conteúdos digitais voltados ao turismo de Petrolândia-PE.

Autores

  • Marco Rapeli ESPM

Palavras-chave:

solastalgia, cibercultura, transformações urbanas, antropoceno, memória

Resumo

Este artigo explora a representação digital da cidade submersa de Petrolândia, Pernambuco, no contexto do turismo e da memória coletiva. Com base nas teorias de Aleida Assmann e no conceito de Solastalgia de Glenn Albrecht, discute-se a ressignificação das ruínas de Petrolândia como espaço de recordação na era digital, transformando um antigo espaço, hoje submerso, em um cenário de memórias e de consumo turístico. Através da análise de vídeos no YouTube, empregando a metodologia netnográfica e de análise de conteúdo, busca-se compreender como o fenômeno da submersão e a única estrutura remanescente visível, a torre da igreja, são reinterpretados e esteticamente apresentados. Como um dos resultados da investigação, é notado que a cidade submersa, consumida como uma Atlântida Brasileira, é retratada em um misto de nostalgia e espetáculo, onde a memória coletiva é por vezes instrumentalizada, transformando um símbolo de desmembramento social em um atrativo turístico.

Publicado

02-12-2024