Cyberbullying em ecologias conectivas escolares contemporâneas:
abordagem interseccional em Santa Catarina
Palavras-chave:
cyberbullying, interseccionalidade, ecologias conectivas, educação, comunicaçãoResumo
O artigo apresenta uma análise abrangente do cyberbullying, destacando sua relevância como uma questão de saúde pública global e um obstáculo ao desenvolvimento sustentável. É parte de pesquisa em andamento que investiga pelas identidades e topofilias catarinenses os fatores geradores e os impactos do cyberbullying, explorando práticas interseccionais e reticulares que transformam de forma velada atitudes e comportamentos, principalmente entre jovens. A contemporânea terceira revolução industrial, como defende Rifkin (2011), remodela as condições habitativas não apenas do analógico para o digital, mas do social para o atópico; estamos em transição da cultura da abundância para a da escassez. As tecnologias digitais de comunicação estão alterando a cognição humana (Possa, 2018) não apenas para a aprendizagem, mas para as diferentes (e algumas inéditas) formas de habitar. Algumas agendas que ratificam a contingência da educação digital para os desafios do desenvolvimento sustentável são: a decadência das matrizes energéticas com recursos finitos; as mudanças climáticas em estágios e territórios incertos de destruição; a crise da saúde como avivado pela pandemia Covid-19; o fanatismo e radicalismo político que empobrece e deteriora a democracia; a intolerância religiosa; o racismo; a ameaça e perseguição constante dos povos originários; a insegurança cibernética; e, para ficarmos apenas em alguns exemplos, a crise da imprensa e desorientação das populações pela falta de domínio das News (que sempre foram fake). Nesse contexto, abordar na escola de forma consciente e responsável estratégias de cidadania digital é acima de tudo colaborar para o desenvolvimento catarinense e para a integração da produção científica e tecnológica nacional e internacional, mitigando desigualdades e colaborando para concepções educacionais inovadoras, sustentáveis e regenerativas. Os resultados provisórios da pesquisa denotam a urgência de avanços do conhecimento em comunicação e educação para enfrentamento dos desafios contemporâneos ligados às violências cibernéticas de públicos infanto-juvenis.