Pânico e hegemonia
Ideologia neoliberal e discurso da securitização nas redes sociais
Palavras-chave:
Redes Sociais, Pânico, Securitização, Ideologia, Sul GlobalResumo
As redes sociais, longe de serem plataformas homogêneas, englobam diversas tecnologias e estilos de comunicação que atingem diferentes públicos e, por vezes, promovem discursos de “securitização”, segundo o modelo oriundo dos estudos de segurança realizados pela Escola de Copenhague. Essa abordagem vê o uso da linguagem como instrumento para transformar assuntos comuns de debate público em ameaças existenciais, potencializadas através do pânico que leva a sociedade a aceitá-las como urgentes e excepcionais. Em conflitos como a guerra na Ucrânia e episódios recentes no Oriente Médio, redes como Twitter e TikTok amplificam sentimentos polarizados, gerando engajamento massivo e moldando a opinião pública. No Brasil, essa lógica é visível em temas como liberdade de expressão e questões ambientais, enquanto a pandemia de Covid-19 mostrou que o uso das redes pode igualmente intensificar discursos de desinformação. A pesquisa proposta analisa a evolução do discurso securitizador no ambiente digital, buscando compreender a ideologia que o envolve e sua influência sobre o cenário político no Brasil e no mundo.